A qualidade da água que consumimos diariamente é essencial para garantir a saúde e bem-estar da população.

O excesso de sulfato de alumínio na água, por exemplo, representa um risco significativo à saúde pública, uma vez que esta substância, quando utilizada inadequadamente em processos de tratamento hídrico, pode gerar diversos problemas à saúde.

Este artigo aborda os principais riscos associados ao excesso de sulfato de alumínio na água, suas causas mais comuns, como identificar sua presença além dos níveis normais e medidas eficazes para prevenir ou corrigir esse problema.

O que é sulfato de alumínio?

O sulfato de alumínio é um composto químico com a fórmula Al2(SO4)3, obtido pela reação entre ácido sulfúrico e hidróxido de alumínio ou alumínio metálico. 

No tratamento de água, ele funciona como um agente coagulante e floculante, ou seja, faz com que as partículas de sujeira na água se juntem, formando flocos maiores que depois podem ser facilmente removidos.

Este composto é utilizado em muitos lugares diferentes:

  • Nas estações de tratamento de água das cidades;
  • No tratamento de piscinas;
  • Na indústria têxtil para tingimento de tecidos;
  • Na fabricação de papel e celulose;
  • Na produção de sabão;
  • Na indústria do açúcar para clarificar o melaço de cana.

Por ser eficiente e relativamente barato, o sulfato de alumínio é o coagulante mais usado no Brasil para o tratamento de água potável. 

Em regiões que sofrem com escassez de água, como o Nordeste brasileiro, muitos comerciantes de água utilizam este produto antes da comercialização para deixar a água mais clara.

Problemas causados pelo excesso de sulfato de alumínio

A presença excessiva de sulfato de alumínio na água potável pode levar a diversas complicações, tais como:

  • Problemas neurológicos: Estudos apontam que a exposição prolongada ao alumínio pode afetar o sistema nervoso, contribuindo para quadros como déficit cognitivo e, em casos extremos, condições mais severas como a doença de Alzheimer.
  • Distúrbios gastrointestinais: O consumo frequente pode causar irritação no sistema digestivo, provocando náuseas, vômitos e diarreia.
  • Problemas dermatológicos: A pele pode sofrer irritações, alergias ou coceiras frequentes após contato prolongado com água contaminada por excesso dessa substância.
  • Impacto ambiental: O despejo de águas com altas concentrações de alumínio nos rios e córregos causa desequilíbrio ecológico, prejudicando a vida aquática e afetando negativamente o meio ambiente.

Além dos problemas de saúde, o excesso deste produto também causa alterações na água que podemos notar facilmente.

A água pode ficar com um gosto amargo ou metálico, apresentar odores desagradáveis como cheiro de ovo podre, e ganhar uma coloração amarelada ou acinzentada.

Causas do excesso de sulfato de alumínio na água

O principal motivo pelo qual ocorre o excesso dessa substância está relacionado à má administração ou à falta de controle nos processos de tratamento da água.

Operadores mal treinados, equipamentos descalibrados e a falta de monitoramento adequado podem resultar na aplicação incorreta do sulfato de alumínio.

Outra causa importante está relacionada a falhas no processo de decantação e filtração. Quando esses sistemas não estão funcionando de maneira eficiente, pode ocorrer acúmulo excessivo de sulfato residual.

Como identificar o excesso na água

Identificar visualmente o excesso de sulfato de alumínio na água pode ser complicado, já que não apresenta odor ou cor forte, mas alguns sinais podem indicar problemas:

  • Água com turbidez ou esbranquiçada;
  • Irritação ou coceira na pele após contato;
  • Problemas frequentes de irritação estomacal ou outros sintomas digestivos após consumo da água.

De acordo com a equipe da Rota Ambiental, em casos suspeitos, é imprescindível que análises laboratoriais sejam feitas para identificar com precisão a presença excessiva da substância.

Medidas preventivas para evitar o excesso

Algumas medidas são fundamentais para prevenir o excesso de sulfato de alumínio na água:

  • Treinamento adequado: Profissionais responsáveis pelo tratamento da água devem ser capacitados constantemente sobre o uso correto e dosagens seguras do sulfato de alumínio.
  • Monitoramento regular: Testes frequentes devem ser realizados para garantir que os níveis de sulfato estejam sempre dentro dos limites estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária.
  • Manutenção preventiva: Equipamentos de tratamento precisam estar sempre calibrados e em bom estado, assegurando que as dosagens sejam precisas e seguras.
  • Uso de alternativas: Sempre que possível, utilizar métodos alternativos ou complementares, reduzindo a dependência exclusiva do sulfato de alumínio, como floculantes orgânicos.

O que fazer em caso de contaminação

Ao suspeitar de contaminação da água por excesso de sulfato de alumínio, a primeira atitude deve ser a interrupção imediata do consumo da água suspeita.

Comunicar prontamente às autoridades locais responsáveis pelo fornecimento e solicitar análises laboratoriais detalhadas são passos cruciais para resolver o problema rapidamente.

Conclusão

O sulfato de alumínio é um produto importante para o tratamento de água, mas seu uso precisa ser feito com muito cuidado.

O excesso de sulfato de alumínio na água pode trazer sérios riscos à saúde humana, desde problemas de pele até doenças graves como Alzheimer e anemia, além de causar danos ao meio ambiente.

Para garantir água de qualidade e segura, é fundamental que exista um monitoramento contínuo da quantidade deste produto na água que consumimos.

Se você é responsável pelo tratamento de água em algum lugar, siga sempre as recomendações técnicas adequadas.

Mas se perceber sinais de excesso de sulfato de alumínio na água da sua casa ou piscina, entre em contato conosco para resolver o problema.

Equipe Rota Ambiental

Na Rota Ambiental, criamos tecnologias eficientes para tratamento de água e esgoto, unindo inovação e sustentabilidade para um futuro com mais qualidade ambiental.